O tempo? Ele corre contra mim. As contas chegando e o um terço do meu salário no bolso de algum sem vergonha. Terço, eu devia rezar um terço, mas pra que rezar? Deus não existe e se existisse já estaria muito ocupado com a África ou sei la que países mais pobres existem.
Eu vivo nessa cela, nessa jaula, eu sou um empregado, subordinado, escravo do poder alheio. Fico exposto numa vitrine aqui perto de casa, aguardando você ir lá e abusar de mim. Aquele outro mundo chamado Barra da Tijuca, aqueles seres que me envergonha pertencer a mesma raça. Quem dera eu podesse romper as barreiras da minha mente, usufruir de toda essa ira e descontar tudo isso naqueles cabeças-de-plástico, mal educados e arrogantes. Pessoas que não deviam existir. Eu sou uma reação química destruidora causada pela sociedade, a bomba atômica que explode na tua cabeça.
Sempre atrasado pro trabalho e chegando depois da hora, o despertador toca oito horas da manhã e mesmo que eu chegue em casa no meio da noite ele não me perdoa. Esse despertador barulhento e irritante que faz subir pelas paredes tremulas do meu quarto.
Eu queria poder explodir e acordar novinho em folha amanhã. Mas eu ainda quero provar de muito mais que eu posso oferecer a mim mesmo e que talvez eu não saiba que possa, mas um dia eu descubro. Fico fora dessa loucura, desse medo constante e só vivendo um sonho pra não pirar.
Eu vivo nessa cela, nessa jaula, eu sou um empregado, subordinado, escravo do poder alheio. Fico exposto numa vitrine aqui perto de casa, aguardando você ir lá e abusar de mim. Aquele outro mundo chamado Barra da Tijuca, aqueles seres que me envergonha pertencer a mesma raça. Quem dera eu podesse romper as barreiras da minha mente, usufruir de toda essa ira e descontar tudo isso naqueles cabeças-de-plástico, mal educados e arrogantes. Pessoas que não deviam existir. Eu sou uma reação química destruidora causada pela sociedade, a bomba atômica que explode na tua cabeça.
Sempre atrasado pro trabalho e chegando depois da hora, o despertador toca oito horas da manhã e mesmo que eu chegue em casa no meio da noite ele não me perdoa. Esse despertador barulhento e irritante que faz subir pelas paredes tremulas do meu quarto.
Eu queria poder explodir e acordar novinho em folha amanhã. Mas eu ainda quero provar de muito mais que eu posso oferecer a mim mesmo e que talvez eu não saiba que possa, mas um dia eu descubro. Fico fora dessa loucura, desse medo constante e só vivendo um sonho pra não pirar.
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