O Anti-Cristo!

Postando minhas idéias e opiniões sobre a vida, a arte, e sobre o que mais der vontade!

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domingo, 4 de novembro de 2007

O Paraíso

Notei a brancura da tua pele no meio de toda aquela escuridão, todas aquelas curvas deixaram-me num estado de desconhecimento próprio, você tocou a minha pele e um frio tomou conta de todo o meu corpo. Nossos lábios se encontraram, nossas línguas se enroscaram, nossas mãos se perderam por tantos caminhos que queriam percorrer no mesmo momento.

Diante de toda a escuridão sua luz envolve e protege dos demônios que nos rodeiam, demônios esses que provaram o gosto da tua pele. Minha boca encontra o sabor delicioso do seu suor, minha língua abandona a sua para começar a percorrer seu pescoço e descendo encontro a montanhesa do seu peito e a maciez do seu mamilo rosado, já consigo sentir a grama verde e aveludada do paraíso sob meus pés. Abaixo do seu umbigo encontro a fonte de tanto prazer e envolvo-a com minha boca o máximo que posso, como se aquilo pudesse purificar minha alma...

Volto a sentir o sabor do seu beijo molhado e suas mãos já procuram o caminho certo de introduzir-me seu prazer de abrir as portas do reino a nós proibido. Agora é sua língua que passeia pela minha nuca deixando meus finos pelos em pé e por fim encontrando a montanha de músculos abaixo de minhas costas largas.

Involuntariamente meu corpo se inclina e se deita, agora estou entregue e ansioso para receber você dentro de mim. Já posso sentir o peso do teu corpo sobre o meu, nosso suor misturado fazem nossos corpos deslizarem. Uma pressão vai surgindo, subindo pelo meio das minhas pernas e entrando em mim.

Mas pago o preço que for para que me leves a este lugar desconhecido e a dor se vai, consigo sentir o cheiro da grama verde, o ar limpo e fresco soprado dos pulmões do Pai de todas as nações, o som da nossa respiração ofegante deixa os demônios que ainda nos envolvem tontos, no ápice do delírio nos banhamos com o mais saboroso dos líquidos e brancura que não tenho na pele sai de dentro de mim. Seu corpo exausto cai sobre o meu e reencontro sua boca, os demônios finalmente se foram, agora posso perguntar o seu nome e te dizer o meu...

Pão nosso de cada dia

Por toda a minha vida eu vou te carregar dentro de mim, não que eu queira, mas sei que nos momentos que menos esperar você vai estar lá. Mesmo que eu te esqueça por algum tempo você não vai embora... E isso me faz ter vontade de me ferir, ferir todo o meu corpo só pra ver se assim, quem sabe, um pedacinho seu se vai.

Não dá para pensar no futuro sem esse preenchimento que me toma como a minha alma, talvez até seja ela, a única certeza do futuro é de que vou morrer e comigo você também vai. Mas não quero morrer, eu gosto de viver, existem muitos livros que não li, CDs que não ouvi, corpos que não provei, amores que não amei, quadros e paisagens que não vi com meus próprios olhos lacrimejando por tanta beleza contrastada a toda essa escuridão que você faz dentro de mim.

Quando me corto eu só vejo o sangue escuro das minhas veias, queria ver um facho de luz saindo, mas é só o sangue. Talvez por isso que não gosto do sol, pois ele gera a luz que eu deveria gerar e na escuridão eu talvez ilumine um pouco, tão pouco que não sou capaz de notar. Seu eu iluminasse como o sol eu afastava você de mim. Mas o que seria da minha vida sem você? Minha grande fonte de inspiração, minha eterna musa, te amo.